sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

21/04/2006 - Terceira vez na Missa da RedeVida


Já dizia o poeta Vinícius de Moraes "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja." 

E são esses encontros, que dão vida a nossa vida, que nos fazem bem, que nos fazem felizes. E a sua vida, Neliton, foi um belo encontro e um grande presente... um momento ímpar, sem outro igual.

Aqueles momentos que jamais esqueceremos... das doces lembranças da infância, das brincadeiras na rua, do convívio no dia-a-dia, do sorriso mais lindo que já vi.

Sabe, cada vez que vejo essas imagens, sinto como se você estivesse viajando e fosse voltar a qualquer hora.
Sua presença se torna cada vez mais viva, nos corações das pessoas que te amam de verdade. E essas lembranças, da sua voz linda cantando, nos fazem viajar em um tempo assim, que vivemos felizes, onde as poucas coisas da vida eram importantes e bem vividas.

Neliton lindo.... que falta você nos faz!!!!!!!



Um comentário:

  1. Porque você se foi

    Tenho razão de sentir saudade,
    tenho razão de te acusar.
    Houve um pacto implícito que rompeste
    e sem te despedires foste embora.
    Detonaste o pacto.
    Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
    de viver e explorar os rumos de obscuridade
    sem prazo sem consulta sem provocação
    até o limite das folhas caídas na hora de cair.

    Antecipaste a hora.
    Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
    Que poderias ter feito de mais grave
    do que o ato sem continuação, o ato em si,
    o ato que não ousamos nem sabemos ousar
    porque depois dele não há nada?

    Tenho razão para sentir saudade de ti,
    de nossa convivência em falas camaradas,
    simples apertar de mãos, nem isso, voz
    modulando sílabas conhecidas e banais
    que eram sempre certeza e segurança.

    Sim, tenho saudades.
    Sim, acuso-te porque fizeste
    o não previsto nas leis da amizade e da natureza
    nem nos deixaste sequer o direito de indagar
    porque o fizeste, porque te foste.
    (Carlos Drummond de Andrade)

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